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A Construção Civil e suas Particularidades – parte 2/3


Gestão – na indústria os gestores tem a possibilidade de focar seus esforços, indicadores e toda a sua rotina em processos os quais permanecem sempre constantes do ponto de vista físico e da sequência produtiva.

Já na Construção Civil, o produto é construído ao longo do tempo, demandando assim um processo diferenciado de gestão, o qual pode conter alterações significativas, principalmente em relação as “restrições” e “interferências” de cada uma de suas fases.

Assim sendo, ao contrário da indústria onde o Planejamento e Controle da Produção pode ser realizado separadamente do processo de gestão, na Construção Civil existe um link muito maior entre as “decisões a serem tomadas”, a “rotina do dia a dia” e as “mudanças de curso necessárias”.

“O Processo de Gestão precisa ser estruturado desde o início”, de acordo com as características do empreendimento, sem deixar que este “perca o link com as metas corporativas”.

Por outro lado, a Construção Civil exige um desafio extra quando estruturada por Processo: “Gestão das Interfaces”.

Uma obra possui, assim como uma planta, inúmeras interfaces a serem coordenadas, porém possui também a variável “tempo” a ser gerida.

Como uma linha de produção industrial atua de maneira constante no tempo, as interfaces podem ser estudadas em detalhes e geridas conforme suas necessidades específicas.

Na Construção Civil, a “Gestão das Interfaces” evolui com o tempo, por isso, a padronização deste processo de Gestão em obras seja estruturado de forma “Colaborativa”, “Integrada” e “por Processos”, envolvendo todos os “agentes e Stakeholders”.

Isso faz com que as restrições e interferências futuras possam ser “analisadas com antecedência, tratadas e eliminadas”. (Usa-se o modelo de gestão PDIP – Planejamento, Desenvolvimento e Implementação dos Processos)

Controle da Rotina – na indústria, como a linha de produção é fixa, o Controle da Rotina pode ser realizado e direcionado as estações de trabalho. Estas, geralmente, são fisicamente próximas ao local de trabalho dos gestores.

Na Construção Civil, o Controle da Rotina deve “acompanhar as frentes de serviços pela obra”, o que demanda um maior esforço, principalmente quando as frentes de produção estão distantes fisicamente.

Assim sendo, ferramentas e mecanismos diferenciados devem ser implementados para fornecer a transparência necessária aos “gestores de primeiro e segundo níveis”, sobre o status real da produção e, para que estes possam atuar de maneira próxima e eficaz, apoiando seus colaboradores junto à resolução rápida dos problemas diários.

Outro ponto importante ser mencionado diz respeito à “retroalimentação” das informações da Produção ao Planejamento.

A maioria das indústrias possui ferramentas e sistemas automatizados para controlar o status diário da produção e os recursos utilizados.

Na Construção Civil, “muitas empresas ainda não utilizam tais tecnologias”. Isso faz com que um maior número de pessoas seja necessário para a atividade de Controle, “aumentando assim o número de mão de obra indireta”, a “incerteza nos dados fornecidos”, a “dificuldade de um controle exato” e refinado dos recursos, diminuindo a velocidade e a eficiência do Processo Planejamento junto ao replanejamento e reprogramação da obra, entre outros.

Fonte:Iopex


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