Trem da Produção Lean na Construção Civil - Parte1/5
Sou um apaixonado pela construção civil desde criança. Via grandes obras nascendo e se materializando em dimensões e beleza. E não deu outra. Em 1982 me formei em engenharia civil no Rio de Janeiro. Em 1988, já trabalhando no Grupo Plaenge, comecei a estudar e pesquisar como melhorar o sistema de gestão das obras.
Fiz algumas pesquisas na área acadêmica e cursos ligado a profissão. Com base nisto, consegui estruturar um sistema de gestão de obras que denominei na época de TPCAR - Técnica de Programação e Controle de Atividades Repetitivas e passamos a utilizar nas obras. Em 1991 fui para área industrial da empresa e gerenciei grandes obras por 12 anos. Em 2004, fui convidado para assumir a engenharia residencial na Plaenge de Londrina. A partir daí, apliquei todos os conceitos da TPCAR (Linha de Balanço) alinhado a outras ferramentas da Lean Construction. Vou contar em 5 partes, sobre o “ Trenzinho da Produção Lean na Construção Civil”:
Como ensinar ao engenheiro, principalmente aquele que ainda não tem experiência em gestão de obras, a visualizar, planejar e executar as atividades dentro de uma sequência lógica?
Utilizando os conceitos da linha de balanço, para planejar, executar e controlar/monitorar diariamente sem burocracia, verificando 100% o cumprimento das metas diárias atingidas ou não, fazendo os ajustes e correções, se for necessário e avaliar os indicadores de eficiência da obra.
Fazendo uma gestão de obra que permite levantar, quantificar, validar, carregar, transportar, disponibilizar no tempo e no lugar certo, e finalmente transformar todos estes recursos (4Ms), adicionados em porções ou quantidades exatas dentro de caixas enumeradas e colocar dentro dos vagões do trenzinho que fará hipoteticamente o transporte vertical na torre da obra a cada tempo takt.
Neste processo, utilizamos as atividades repetitivas contidas na torre da obra e que corresponde a mais ou menos 80% do volume total da obra . Para a cobertura do prédio, o térreo e os subsolos de garagens, montamos um planejamento executivo específico e trabalhamos em paralelo com a execução da torre, pois o volume de atividades não repetitivas corresponde de 15% a 20% do total, sendo muito trabalhoso planejar e controlar pelos conceitos da linha de balanço.
No próximo artigo, darei sequência na parte 2/5.